Você sabia que até 1983 havia ADVOGADOS DO DIABO?
Antigamente,
durante o processo de canonização pela Igreja Católica havia um
Promotor da Fé (Latim Promotor Fidei), e um Advogado do Diabo (Latim
advocatus diaboli), papéis desempenhados por advogados nomeados pela
própria Igreja. O primeiro apresentava argumentos em favor da
canonização o segundo fazia o contrário, ou seja, argumentava contra a
canonização do candidato; era seu dever olhar sem paixões o processo,
procurando lacunas nas provas de forma a poder dizer, por exemplo, que
os milagres supostamente feitos eram falsos, etc. O ofício de Advogado
do Diabo foi estabelecido em 1587 e foi abolido pelo Papa João Paulo II
em 1983. Isto causou uma subida dramática no número de indivíduos
canonizados: cerca de 500 canonizados e mais de 1300 beatificados a
partir desta data, enquanto apenas houvera 98 canonizações no período
que vai de 1900 a 1983. Isto sugere que os Advogados do Diabo, de fato,
reduziam o número de canonizações. Alguns pensam que terá sido um cargo
útil para assegurar que tais procedimentos não ocorressem sem causa
merecida, e que a santidade não era reconhecida com muita facilidade.
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